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A busca por caminhos e alternativas diante de cenários desconhecidos é uma necessidade de nossa natureza e muitas vezes, uma questão de sobrevivência.

Quando diante de algo que desestabiliza nosso caminho em curso, instintivamente temos a tendência de iniciar buscas e planos de rotas conhecidos e já vivenciados anteriormente.

Podemos também, apenas seguir uma “moda”, olhar o que os outros estão fazendo, ou simplesmente intuir sem analisar mais amplamente todo o sistema. P.ex., diante do trabalho remoto, nos imputado pelo cenário da pandemia, podemos buscar um conhecimento específico de comunicação ligado ao mundo virtual em aplicativos e plataformas e, passar a realizar as tarefas desta forma, por entender que esta é a maneira correta de se comunicar. Uma ação reativa e simplista, que é entendida como o “certo” a ser feito no momento, pois é como todos estão fazendo. Sem perceber e notar que a cultura da empresa, é uma cultura de proximidade, e que busca alternativas ligadas a presença na vida das pessoas. Seguir o que todas as outras empresas definiram como ideal, distanciando-se de sua natureza, e alegando que este é o “novo normal” e é o que pode ser feito diante do que se apresenta.

Não estou dizendo que é ruim aprender novas técnicas, que a comunicação virtual não é boa. Estou apenas dizendo que seguir o fluxo da comunicação virtual, pura e simplesmente pode não ser o caminho da estratégia desta empresa. E o que se chama de comunicação do “novo normal” não atende a cultura da empresa em questão. Investir tempo em conhecimentos que otimizem os processos, porém que afastem-se da cultura, não é o caminho mais indicado, no cenário deste exemplo. O que buscar então?

Quando diante de um cenário sem precedentes, como o vivenciado, a busca de forma mais ampla, sutil e estratégica, é a mais indicada. Se não há precedentes, o que e como devemos buscar? Como procurar? No que se fundamentar?

Basear-se na compreensão do cenário macro, é o mais indicado. É necessário se afastar da cena, ampliar a visão e ver o todo. Ainda, estudar as forças favoráveis e contrárias, os recursos que se tem e os que faltam, a rede de apoio e segurança, a condição física e emocional que se tem. No caso, quanto mais distância tomarmos mais poderemos enxergar e ampliar a visão. Com uma vista mais global ficará mais fácil realmente definir o que é preciso buscar.

Diante de um cenário mais amplo e claro, seguir por uma trilha planejada, alcançando as “portas” onde se encontram os recursos, ficará mais fácil definir o que buscamos, que nada mais é do que uma consequência de onde queremos chegar.

Por Luiza Ghisi