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Carreira é um dos pilares mais valorizados de nossas vidas e, seguramente, um dos temas em que mais investimos tempo e recursos financeiros. Desde muito cedo nossas brincadeiras, jogos e orientações são elementos que focalizam a escolha de nossa profissão, que pautarão nossa vida profissional e, assim, nossa carreira futura.

Se observarmos a forma como e com o que uma criança brinca, e como se inter-relaciona com outras crianças nos jogos, poderemos projetar como atuará como adulto e futuro profissional.

Há uma frase que diz que “tudo que um profissional adulto deve saber em sua carreira, ele provavelmente aprendeu até os 7 anos de idade brincando no tanque de areia do jardim de infância”. Isto, claro, nos remete ao cooperar, compartilhar, trocar, se comunicar, ter senso de propriedade, dividir o espaço e recursos e, claro inter-relacionar-se com pessoas a sua volta.

Se esta teoria é verdadeira, passamos pelo menos 20 anos de nossas vidas estagiando – nas experiências de nossa infância e adolescência, nas vivencias da escola e da faculdade, até chegarmos propriamente à vida profissional. Então, por que alguns de nós se destacam mais do que outros em suas vidas profissionais? Em suas carreiras? Em sua vida pessoal? Por que a vida se mostra tão diferente para uns e outros?

Certamente habilidades e competências adquiridas ao longo do processo educacional, e os comportamentos diferenciados de cada pessoa, orientam o caminho e a escolha do curso e profissão a seguir, mas não garantem o êxito na empreitada escolhida.

Por que duas pessoas que estudaram o mesmo curso, nas mesmas instituições acadêmicas, com perfis comportamentais semelhantes, desenvolvem resultados tão diferenciados? Esta é a pergunta mais frequente nos treinamentos, cursos e palestras que ministramos: O que é o diferencial que garante resultados tão extraordinariamente diferentes entre duas pessoas que, aparentemente, pela lógica, formação e informações, deveriam performar de maneira e com energia e qualidade mais similares?

O que faz com que na hora de transformar conhecimento em ação, esta seja diferente de uma para outra pessoa?

O elemento comportamental é este diferenciador. É importante ressaltar que isto não é um estudo estatístico e científico, apenas fruto da observação de uma ‘consultora de gente’ há quase 25 anos.

O diferencial está na estrutura que liga o conhecimento à ação, e que atravessa a atitude. Traduzindo: recebemos uma carga de conhecimento grande, absorvermos informações e aprendemos muito com certa facilidade num curto espaço de tempo.

Este conhecimento é absorvido do meio exterior e internalizado em nosso ambiente mental, emocional e corporal, nosso chamado meio interno.

A chave para a performance diferenciada começa, a meu ver, na recepção destes estímulos pelo nosso centro atitudinal e de crenças, conhecido como o centro julgador. Como recebemos todo este material e o processamos, com mais ou menos julgamento, com mais os menos preconceitos e filtros, enfim, o quanto temos de superfície de absorção sem julgamento, sem reservas. E culmina na maneira como externamos ao mundo, em forma de ações, estes estímulos e aprendizados depois de processados pelo nosso centro atitudinal.

Aprendemos muito mais do que temos condições de externar. Claramente observamos aqui os diferenciais das pessoas de melhor performance. O que quero dizer? Que há claras e evidentes diferenças na qualidade e quantidade de nossas ações, de nossas entregas. No processo: Aprender – Processar – Agir, realizar, transformar em ações!

O diferencial de carreira está sabidamente pautado na capacidade de realizar, de transformar ideias em ações funcionais e factíveis. Por conta disto, livros sobre ação e execução tem se tornado best-sellers e preenchido prateleiras de livrarias em tempo recorde.

Nossas ações são nosso cartão de visitas, são a forma de nos apresentarmos, falarmos e, mais do que isto, de existirmos para o mundo profissional. É a capacidade de mostrarmos como processamos nosso conhecimento ao mundo.

Diferentemente de anos atrás, quando o diferencial profissional era um conhecimento técnico muito específico que a pessoa possuía, hoje com a rápida transmissão de dados, informações e conhecimentos, o diferencial está pautado em como este profissional age e transforma este conhecimento em ação.

A chave do êxito está nas ações transformadas pelo conhecimento, temperadas com a facilidade de relacionamento e composição das emoções no ambiente profissional.

A grande reflexão é: quais ações você consegue entregar com qualidade e transformar seu ambiente? A resposta apontará certeiramente para o seu diferencial!

Por Luiza Ghisi
lughi@cucamundi.com.br