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Quando um cliente, neste último mês, questiona: “Luiza, em sua opinião, o que devemos focar esforços no desenvolvimento dos treinandos e coachees, já e agora, até o final deste ano?” Ou “Tenho verba para trabalhar uma única competência, numa palestra, num workshop, num treinamento, o que recomenda? Com total prontidão respondo: “Como ser um ativo ouvinte”. E quando faço esta recomendação, não estou levando em consideração o cargo, a posição, o negócio e a empresa, nada!  E repito: “o seu executivo, o seu funcionário, ele deve ser um ativo ouvinte”. Daí virão soluções, inovações e resultados.

Colocando o ego de lado e fazendo uma análise sincera, aqui entre nós, somos ouvintes medíocres. A maior parte das vezes estamos ouvindo para responder ou para se defender, ou ainda para preencher o vazio de um breve silêncio. 

A pandemia amplificou a competência da empatia, que tem uma de suas bases na escuta ativa. Trabalhando um, estamos trabalhando outro. O envolvimento do ouvinte numa conversa começa com a imersão total no ponto de vista da outra pessoa, observando de forma abrangente todo o contexto, e quando levado o conteúdo para dentro de si, trata-lo de forma pura, sem adicionar as próprias emoções e pensamentos, e aberto ao aprendizado que o outro pode lhe ofertar, seja em conhecimentos, informações e emoções. O ouvinte ativo vai além da conversa inicial e trivial, aprofunda e se interessa genuinamente pelo tema, e está preparado para mudar de ideia, de ponto de vista, e focar numa ação e postura de ser parte da solução. A maioria das soluções estará nas percepções e trocas de uma conversa entre 2 ativos ouvintes.

Por Luiza Ghisi