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Entenda o significado da sigla ESG (Ambiental, Social e Governança) e saiba como inserir esses princípios no dia a dia de sua empresa:

Nos últimos tempos, o termo ESG tem ganhado grande visibilidade, graças a uma preocupação crescente do mercado financeiro sobre a sustentabilidade. As questões ambientais, sociais e de governança passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor empresarial. A aparente novidade parece tirar o sono das organizações, que buscam entender o que é ESG e as adaptações necessárias para estar em conformidade com esta exigência. Mas a verdade, ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial, como explicou o diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global neste artigo, publicado pela Exame.

Segundo relatório da PwC, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, o que representa US$ 8,9 trilhões, em relação a 15,1% no fim do ano passado. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.

No Brasil, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020 – mais da metade da captação veio de fundos criados nos últimos 12 meses. Este levantamento foi feito pela Morningstar e pela Capital Reset.

Acesse estudo A evolução do ESG no Brasil, produzido por Rede Brasil do Pacto Global e Stilingue.

O termo ESG

ESG é uma sigla em inglês que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. Surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. Na mesma época, a UNEP-FI lançou o relatório Freshfield, que mostrava a importância da integração de fatores ESG para avaliação financeira. Já em 2006, do PRI (Princípios do Investimento Responsável), que hoje possui mais de 3 mil signatários, com ativos sob gestão que ultrapassam USD 100 trilhões – em 2019, o PRI cresceu em torno de 20%.

O entendimento e a aplicabilidade de critérios ESG pelas empresas brasileiras é, cada vez mais, uma realidade. Atuar de acordo com padrões ESG amplia a competitividade do setor empresarial, seja no mercado interno ou no exterior. No mundo atual, no qual as empresas são acompanhadas de perto pelos seus diversos stakeholders, ESG é a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades.

Segundo o Climate Change and Sustainability Services, da Ernest Young, as informações ESG são essenciais hoje para a tomada de decisões dos investidores. E os critérios ESG estão totalmente relacionados aos ODS, realidade nas discussões no mercado de capitais. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável reúnem os grandes desafios e vulnerabilidades da sociedade como um todo. Com isso, apontam os principais itens a serem acompanhados de perto. Além disso, sinalizam as grandes oportunidades ao se relacionarem diretamente com as necessidades.

No Brasil, a relação dos ODS com os negócios está presente nas grandes empresas. Segundo levantamento realizado com as companhias que fazem parte do ISE, Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, 83% delas possuem processos de integração dos ODS às estratégias, metas e resultados.

Como sigo as práticas ESG?

ESG nada mais é do que a própria sustentabilidade empresarial. Uma empresa que está em conformidade com práticas ESG entende quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e consegue agir sobre eles. É necessário minimizar os negativos e potencializar os positivos, assim como equacionar os prejuízos já provocados.

DIREITOS HUMANOS

1 – RESPEITAR e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente na sua área de influência.
2 – ASSEGURAR a não participação da empresa em violações dos direitos humanos.

TRABALHO

3 – APOIAR a liberdade de associação e reconhecer o direito à negociação coletiva.
4 – ELIMINAR todas as formas de trabalho forçado ou compulsório.
5 – ERRADICAR todas as formas de trabalho infantil da sua cadeia produtiva.
6 – ESTIMULAR prática que eliminem qualquer tipo de discriminação no emprego.

MEIO AMBIENTE

7 – ASSUMIR prática que adotem uma abordagem preventiva, responsável e proativa para os desafios ambientais.
8 – DESENVOLVER iniciativas e práticas para promover e disseminar a responsabilidade socioambiental.
9 – INCENTIVAR o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente responsáveis.

ANTICORRUPÇÃO

10 – COMBATER a corrupção em todas as suas formas, incluindo a extorsão e o suborno.

Minha empresa tem projetos que contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU?

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fonte: www.pactoglobal.org.br/pg/esg